22 mar A base de dados ajuda você a decidir
Uma das evoluções mais transformadoras do Século da Internet é a habilidade de qualificar quase qualquer aspecto dos negócios. Decisões que antes se baseavam em opiniões subjetivas e indícios casuais agora dependem de dados. Empresas como o Google, agregam sinais anônimos de celulares para obter dados preciosos de tráfego em tempo real. Seguem alguns exemplos para demostrar a importância de todos os dados coletados; a rede de abastecimento de água de Londres é monitorada por milhares de sensores, o que reduz o vazamento em 25%; fazendeiros colocam sensores no gado que transmitem informações sobre a saúde e a localização dos animais, cada vaca transmite cerca de duzentos megabytes de dados por ano, o que permite aos criadores determinar com precisão o quê, quando e quanto alimentar o gado. Com certeza essa fazenda não irá para o brejo!
Como diria o filósofo e escritor americano John Dewye: “um problema bem definido está meio resolvido’’. Por esse motivo que acreditamos que, se você não possui dados, não vai conseguir decidir quase nada. Quando discutimos opções e opiniões, começamos as reuniões com a apresentação de dados, não tentamos convencer ninguém com o famoso ”Eu acho’’. Convencemos dizendo “Deixa eu lhe mostrar isso’’. Hoje muitas empresas Brasileiras no ramo da indústria e da saúde trabalham muito pouco com esses dados e não tem nenhum conhecimento da sua importância, enquanto os Estados Unidos mostram um grande avanço nesta área, o Brasil está muito longe de demostrar esse interesse na área digital, mas ainda cresce embora não pareça.
A inclinação por dados é uma ótima maneira de acabar com a síndrome de morte-por-PowerPoint. Quantas vezes já participou de reuniões nas quais os primeiros dez slides estavam cheios de palavras, que foram repetidas por quem estava apresentando? Quem apresenta uma ideia em uma reunião não precisa usar slide como muletas para demostrar um argumento, mas apenas para sustentá-lo. Slides não devem ser usados para conduzir uma reunião ou discutir um ponto de vista. Devem conter apenas dados, para que todo mundo tenha acesso aos mesmos indicadores. Se os dados são equivocados ou irrelevantes, não se pode consertá-los com slides bonitos. Conforme a visão de Edward Tufte, que além de ser professor emérito de estatística, design gráfico e economia política na Universidade de Yale é um dos mais importantes especialistas em infografia, o super guru da apresentação e visualização de dados defende a colocação de mais dados em menos slides: “A argumentação visual funciona com mais eficiência quando a informação relevante é mostrado lado a lado. Muitas vezes, quanto mais intenso o detalhe, maiores são a clareza e a compreensão’’.
Não deveria ser necessário dizer, mas em geral é, então diremos! Os dados são mais bem compreendidos por aqueles mais próximos à questão, que com frequência não é a gerência. Como líder, é melhor não se perder em detalhes que você não entende, mas confiar que as pessoas inteligentes que trabalham com você compreenderam. Concentre-se no que importa, que costumam ser o caixa e a receita. “Receitas resolvem todos os problemas conhecidos’’. Isso se aplica às decisões técnicas e de produto.